"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima." (Louis Pasteur)

domingo, 27 de março de 2011

Uma das glórias do homem

Quando criança, eu costumava ouvir uma música que dizia assim em um de seus trechos: "Pra gente ser feliz/Tem que cultivar as nossas amizades/Os amigos de verdade". Naquela época, é bem verdade que essas palavras não carregavam um peso sentimental para mim, mas o tempo passa, a gente cresce, pessoas vão e outras chegam, porém raras são aquelas cuja presença continuará comumente com a gente. 
Se um dia me perguntarem se tive amigos, direi, sem dúvida alguma, que não. Porque eu não tive, eu tenho. São poucos, entretanto isso é bom, umas vez que implica dizer o quanto esses poucos são valiosos. Se, por ventura, questionarem se algum desses me fez chorar por algum motivo não tão bom, direi que sim. Além do mais, a reciprocidade não é uma lei obrigatória, como existe no Direito, por exemplo, digamos que ela seja não-obrigatória. Mas, com o tempo, aprendi que não adianta criar tantas expectativas sobre alguém, na verdade, você deve ser o amigo, contudo não espere nunca algo em troca, visto que isto poderá resultar em tempo perdido, ainda mais, já me disseram que cada pessoa é como um lugar, isto é, possui características distintas de qualquer outro local. Dessa forma, cada uma vai ter um tratamento diferente, vai te tratar diferente, terá problemas discrepantes e gostará de você ou não. 
 E eu pergunto: ser amigo é fácil? Ter amigos é algo simples? A resposta é duas vezes não. Ser amigo exige doação, respeito, companheirismo, dedicação, reciprocidade e estima. E, para ter amigos, você precisa apenas ser sorteado (isso mesmo, sorteado), já que sorte é algo difícil de ter e amigo de verdade também.
Ah, me disseram também que amigos são a família que escolhemos. Eu sou completamente fã deste pensamento. Hoje posso dizer que tenho outras famílias, onde me recebem bem, me tratam com carinho e me chamam pelo nome. 
Portanto, peço, se é que escrevo para alguém, para valorizarem seus amigos, para amá-los, respeitá-los e, acima de tudo, para lhes fazer companhia, necessidade esta intrínseca a nós, seres humanos. =] E é isso. 

Enfim, creio que para meu segundo post, é suficiente, senão, vão dizer que escrevo direcionado a alguém.

Por fim, deixo um texto que encontrei pela internet:


O VALOR DA AMIZADE
Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários
foi atingido por um bombardeio. Os missionários e duas crianças tiveram
morte imediata e as restantes ficaram gravemente feridas. Entre elas, uma
menina de oito anos, considerada em pior estado. Era necessário chamar
ajuda por uma rádio e ao fim de algum tempo, um médico e uma enfermeira da
Marinha dos EUA chegaram ao local.
Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria devido aos
traumatismos e à perda de sangue. Era urgente fazer uma transfusão, mas
como? Após alguns testes rápidos, puderam perceber que ninguém ali possuía
o sangue preciso. Reuniram então as crianças e entre gesticulações,
arranhadas no idioma, tentavam explicar o que estava acontecendo e que
precisariam de um voluntário para doar o sangue. Depois de um silêncio
sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente. Era um menino
chamado Heng. Ele foi preparado às pressas ao lado da menina agonizante e
espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele se mantinha quietinho e com o olhar
fixo no teto. Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço e tapou
o rosto com a mão que estava livre. O médico lhe perguntou se estava doendo
e ele negou. Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo as lágrimas.
O médico ficou preocupado e voltou a lhe perguntar, e novamente ele negou.
Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso mas ininterrupto. Era
evidente que alguma coisas estava errada.
Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O
médico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecendo com
Heng. Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e
explicando algumas coisas, e o rostinho do menino foi se aliviando... minutos depois ele estava novamente tranqüilo.
A enfermeira então explicou aos americanos: "Ele pensou que ia morrer; não
tinha entendido direito o que vocês disseram e estava achando que ia ter
que dar todo o seu sangue para a menina não morrer."
O médico se aproximou dele e com a ajuda da enfermeira perguntou:
- "Mas se era assim, porque então você se ofereceu a doar seu sangue?"
E o menino respondeu simplesmente:
- "Ela é minha amiga."

Autor desconhecido.

Dedico este post a meus amigos, os quais compõem a família que escolhi.

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