Se um dia me perguntarem se tive amigos, direi, sem dúvida alguma, que não. Porque eu não tive, eu tenho. São poucos, entretanto isso é bom, umas vez que implica dizer o quanto esses poucos são valiosos. Se, por ventura, questionarem se algum desses me fez chorar por algum motivo não tão bom, direi que sim. Além do mais, a reciprocidade não é uma lei obrigatória, como existe no Direito, por exemplo, digamos que ela seja não-obrigatória. Mas, com o tempo, aprendi que não adianta criar tantas expectativas sobre alguém, na verdade, você deve ser o amigo, contudo não espere nunca algo em troca, visto que isto poderá resultar em tempo perdido, ainda mais, já me disseram que cada pessoa é como um lugar, isto é, possui características distintas de qualquer outro local. Dessa forma, cada uma vai ter um tratamento diferente, vai te tratar diferente, terá problemas discrepantes e gostará de você ou não.
E eu pergunto: ser amigo é fácil? Ter amigos é algo simples? A resposta é duas vezes não. Ser amigo exige doação, respeito, companheirismo, dedicação, reciprocidade e estima. E, para ter amigos, você precisa apenas ser sorteado (isso mesmo, sorteado), já que sorte é algo difícil de ter e amigo de verdade também.
Ah, me disseram também que amigos são a família que escolhemos. Eu sou completamente fã deste pensamento. Hoje posso dizer que tenho outras famílias, onde me recebem bem, me tratam com carinho e me chamam pelo nome.
Portanto, peço, se é que escrevo para alguém, para valorizarem seus amigos, para amá-los, respeitá-los e, acima de tudo, para lhes fazer companhia, necessidade esta intrínseca a nós, seres humanos. =] E é isso.
Enfim, creio que para meu segundo post, é suficiente, senão, vão dizer que escrevo direcionado a alguém.
Por fim, deixo um texto que encontrei pela internet:
O VALOR DA AMIZADE
Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários
foi atingido por um bombardeio. Os missionários e duas crianças tiveram
morte imediata e as restantes ficaram gravemente feridas. Entre elas, uma
menina de oito anos, considerada em pior estado. Era necessário chamar
ajuda por uma rádio e ao fim de algum tempo, um médico e uma enfermeira da
Marinha dos EUA chegaram ao local.
Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria devido aos
traumatismos e à perda de sangue. Era urgente fazer uma transfusão, mas
como? Após alguns testes rápidos, puderam perceber que ninguém ali possuía
o sangue preciso. Reuniram então as crianças e entre gesticulações,
arranhadas no idioma, tentavam explicar o que estava acontecendo e que
precisariam de um voluntário para doar o sangue. Depois de um silêncio
sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente. Era um menino
chamado Heng. Ele foi preparado às pressas ao lado da menina agonizante e
espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele se mantinha quietinho e com o olhar
fixo no teto. Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço e tapou
o rosto com a mão que estava livre. O médico lhe perguntou se estava doendo
e ele negou. Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo as lágrimas.
O médico ficou preocupado e voltou a lhe perguntar, e novamente ele negou.
Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso mas ininterrupto. Era
evidente que alguma coisas estava errada.
Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O
médico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecendo com
Heng. Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e
explicando algumas coisas, e o rostinho do menino foi se aliviando... minutos depois ele estava novamente tranqüilo.
A enfermeira então explicou aos americanos: "Ele pensou que ia morrer; não
tinha entendido direito o que vocês disseram e estava achando que ia ter
que dar todo o seu sangue para a menina não morrer."
O médico se aproximou dele e com a ajuda da enfermeira perguntou:
- "Mas se era assim, porque então você se ofereceu a doar seu sangue?"
E o menino respondeu simplesmente:
- "Ela é minha amiga."
foi atingido por um bombardeio. Os missionários e duas crianças tiveram
morte imediata e as restantes ficaram gravemente feridas. Entre elas, uma
menina de oito anos, considerada em pior estado. Era necessário chamar
ajuda por uma rádio e ao fim de algum tempo, um médico e uma enfermeira da
Marinha dos EUA chegaram ao local.
Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria devido aos
traumatismos e à perda de sangue. Era urgente fazer uma transfusão, mas
como? Após alguns testes rápidos, puderam perceber que ninguém ali possuía
o sangue preciso. Reuniram então as crianças e entre gesticulações,
arranhadas no idioma, tentavam explicar o que estava acontecendo e que
precisariam de um voluntário para doar o sangue. Depois de um silêncio
sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente. Era um menino
chamado Heng. Ele foi preparado às pressas ao lado da menina agonizante e
espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele se mantinha quietinho e com o olhar
fixo no teto. Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço e tapou
o rosto com a mão que estava livre. O médico lhe perguntou se estava doendo
e ele negou. Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo as lágrimas.
O médico ficou preocupado e voltou a lhe perguntar, e novamente ele negou.
Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso mas ininterrupto. Era
evidente que alguma coisas estava errada.
Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O
médico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecendo com
Heng. Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e
explicando algumas coisas, e o rostinho do menino foi se aliviando... minutos depois ele estava novamente tranqüilo.
A enfermeira então explicou aos americanos: "Ele pensou que ia morrer; não
tinha entendido direito o que vocês disseram e estava achando que ia ter
que dar todo o seu sangue para a menina não morrer."
O médico se aproximou dele e com a ajuda da enfermeira perguntou:
- "Mas se era assim, porque então você se ofereceu a doar seu sangue?"
E o menino respondeu simplesmente:
- "Ela é minha amiga."
Autor desconhecido.
Dedico este post a meus amigos, os quais compõem a família que escolhi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário