"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima." (Louis Pasteur)

terça-feira, 5 de abril de 2011

"How did I get here?"

Outro dia, ouvindo a uma música de Lily Allen, percebi como eu mesma criei situações boas e adversas para mim. Por um instante, auto-afirmei que está tudo bem, estou onde quero estar e tenho o que sempre quis. Só que, claro, esse pensamento não permaneceu até o final da música. Além do mais, ninguém é cem por cento tudo beleza, e digo beleza principalmente no sentindo de felicidade, não necessariamente no que diz respeito a exterior. 
Outrossim, um dos mais nebulosos sentimentos que já constatei nessa pouca experiência, diz respeito à dúvida. Pode-se até pensar que não, que isso é bobagem, porém o próprio Descartes criou uma psicologia direcionada a esse paradigma, onde diz que "a dúvida é um pensamento, e, no instante em que a penso, não posso duvidar de que a penso. A autoconfiança na solidez metafísica do ego pensante surge como poderosa compensação psicológica para a perda da confiança na realidade do mundo". Um tanto confuso, não? Mas é essa a real intenção da dúvida. E se for parar pra pensar, é uma situação que acomete a qualquer um, até mesmo àquele que diz ter uma autoconfiança exacerbada. 
Porém, onde quero chegar, é no fato da dúvida sempre subentender algo mais, visto que se há incerteza é porque houve imaginação. E é impressionante a imensidão de possíveis situações que perdemos só por ter desconfiado. Mas o que mais me pergunto é o porquê disto, sim, visto que a gente geralmente o faz com aquilo que pouco se conhece, porque se fosse o contrário não haveria temor, imagine dúvida. Mas mesmo assim, acontece. E deixamos de viver, de dizer e, em muitas casos, de aprender.
Vale salientar também uma frase que encontrei num livro da autora Zíbia Gasparetto, onde diz que " Ainda pior que perder é perder por omissão". Claro, e ai está mais um arquétipo de dúvida, já que perder por omissão é, possivelmente, ter medo do que pode ou não acontecer; mas me diga por que, pois cada ser humano é uma incógnita e não dá para prever futuro. Incrível é como isso é corriqueiro, ainda mais comigo...
Sendo assim, para aconselhar, digo que antes de qualquer impressão, é fundamental fazer o exercício da meditação no sentido de análise e passar a deixar a confiança se sobrepor ao senso crítico.

xD


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Encontrei na minha caixa de email enviados e o mais interessante é que foi eu quem fiz

Sintoma Dubitável

O que hei dizer?
Há muito um vazio carcome minh’alma
O recear da partida já não me assombra
A crença no além-túmulo apazigua a caminhada

Indulgência não se faz mais desgraça
As provações saciam dúvidas
Enquanto o véu, comumente intacto, prossegue...
... aguardando

A graça acometida voltou-se ao visual
Tonalidades provocam sorrisos,
Simbologia à esperança outrora perdida.

Enquanto não chegado o ápice predestinado,
Sigo cego o vilarejo desfigurado.

Bárbara Louise – 05/11/2008


P.S.: Hoje não sei explicar ao certo o que me motivou a escrever essa espécie de poema. Só posso afirmar, já que lembro disso, que o ano em que o escrevi foi bastante caótico. Publico aqui a título de autolembraça, além do mais, todos gostamos de recordar sempre quem fomos outrora...e é isso x]