Outrossim, um dos mais nebulosos sentimentos que já constatei nessa pouca experiência, diz respeito à dúvida. Pode-se até pensar que não, que isso é bobagem, porém o próprio Descartes criou uma psicologia direcionada a esse paradigma, onde diz que "a dúvida é um pensamento, e, no instante em que a penso, não posso duvidar de que a penso. A autoconfiança na solidez metafísica do ego pensante surge como poderosa compensação psicológica para a perda da confiança na realidade do mundo". Um tanto confuso, não? Mas é essa a real intenção da dúvida. E se for parar pra pensar, é uma situação que acomete a qualquer um, até mesmo àquele que diz ter uma autoconfiança exacerbada.
Porém, onde quero chegar, é no fato da dúvida sempre subentender algo mais, visto que se há incerteza é porque houve imaginação. E é impressionante a imensidão de possíveis situações que perdemos só por ter desconfiado. Mas o que mais me pergunto é o porquê disto, sim, visto que a gente geralmente o faz com aquilo que pouco se conhece, porque se fosse o contrário não haveria temor, imagine dúvida. Mas mesmo assim, acontece. E deixamos de viver, de dizer e, em muitas casos, de aprender.
Vale salientar também uma frase que encontrei num livro da autora Zíbia Gasparetto, onde diz que " Ainda pior que perder é perder por omissão". Claro, e ai está mais um arquétipo de dúvida, já que perder por omissão é, possivelmente, ter medo do que pode ou não acontecer; mas me diga por que, pois cada ser humano é uma incógnita e não dá para prever futuro. Incrível é como isso é corriqueiro, ainda mais comigo...
Sendo assim, para aconselhar, digo que antes de qualquer impressão, é fundamental fazer o exercício da meditação no sentido de análise e passar a deixar a confiança se sobrepor ao senso crítico.
xD
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